Eleições

'A última saída', diz Ciro Gomes sobre apoio do PDT a Lula

Candidato pedetista afirmou que não vai aceitar nenhum cargo

Ciro apoia Lula, mesmo o criticando durante a campanha eleitoral
Ciro apoia Lula, mesmo o criticando durante a campanha eleitoral |  Foto: Karina Cruz
  

Sem citar o candidato a presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), que também concorreu ao cargo, se pronunciou sobre o apoio de seu partido durante o segundo turno das eleições, que será realizado no dia 30 de outubro. De acordo com Ciro, haverá um acompanhamento da decisão do PDT, mas ele revelou que não irá pleitear nem aceitar nenhum cargo durante o governo.

Em seu pronunciamento, Ciro lamentou que a briga democrática se afunilou em dois viés qie ele acredita não serem satisfatórios. O pedetista completou que continuará fiscalizando o governo que entrar em janeiro e afirmou que não aceitará possíveis imposições vindas durante a governança do país.

Frente às circunstâncias, é a última saída. Ciro Gomes, Candidato pedetista
  

"Lamento que a briga democrática tenha se afunilado a tal ponto que reste aos brasileiros duas opções, ao meu ver, insatisfatórias. Não acredito que a democracia esteja em risco nesse embate eleitoral, mas sim em seu absoluto fracasso em construir um ambiente de oportunidades que enfrente a mais massiva crise social e econômica que humilha a esmagadora maioria do nosso povo", discursou.

Com 100%  das urnas apuradas, Ciro Gomes, conseguiu 3,04% dos votos válidos no país. Lula ficou em primeiro lugar, com 48,43% dos votos, seguido de Bolsonaro, com 43,20%.

Críticas a Lula

A campanha de Ciro Gomes à presidência vai de total desacordo com a decisão tomada pelo seu partido nesta terça-feira (4). O pedetista, durante o período eleitoral, fez duras críticas à Lula. Em um manifesto divulgado por suas redes sociais no final de setembro, Ciro falou mal do petista dizendo que ele e o adversário Jair Bolsonaro (PL) não produzem propostas para o Governo.

"Lula e o PT passaram 14 anos no poder e deixaram o Brasil com os mesmos problemas que encontraram", falou na época.

Ciro já revelou que o Brasil sofre de um fascismo de direita, mas também com um de esquerda, liderado pelo PT. Ele ainda acusou os adversários de quererem "simplificar de uma forma absolutamente dramática o debate e querem simplesmente aniquilar alternativas". No último debate antes das eleições, o pedetista acusou Lula de prejudicar a economia do país, culminando na eleição de Bolsonaro.

"A grande questão é: ficar falseando um período do tempo e não prestar contas gerou a tragédia do Bolsonaro. Porque, se fosse verdade, essa montanha de coisas boas, por que o Bolsonaro, essa tragédia que aconteceu com o Brasil, foi eleito depois do PT?", questionou.

Apoio

A decisão de apoio do PDT ao PT foi unânime. Em coletiva na manhã desta terça-feira (4), o presidente do partido, Carlos Lupi, deixou claro que o pedetista vai endossar integralmente a decisão do partido. Lupi também fez fortes críticas a Bolsonaro, alegando que o candidato é aspirante a ditador e que a prioridade do momento é derrotá-lo.

O presidente também solicitou que Lula incorpore três propostas do PDT ao programa de governo: a renegociação de dívidas no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), o projeto de educação em tempo integral e o programa de renda mínima de R$ 1.000 por família.

< João Guilherme bate-boca com assessor de Zé Felipe por política Pressionado e mirando o acesso, Vasco visita o Operário-PR <