O presidente Jair Bolsonaro (PL) chorou ao participar de um evento das Forças Armadas nesta segunda-feira (5), em Brasília. Na cerimônia, ele cumprimentava oficiais promovidos e não conteve as lágrimas. Em um vídeo da TV Brasil, é possível ver o presidente emocionado. Ainda não se sabe o motivo do choro, e ele não discursou durante a celebração.
Nas imagens do evento é possível ver que ele chora ao abraçar a esposa de um oficial promovido. Em cenas posteriores, ele é visto enxugando os olhos.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro acompanhou o presidente. Esse foi o primeiro compromisso público em que o casal presidencial apareceu junto desde a derrota nas eleições, no dia 30 de outubro, para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além de Michelle, Bolsonaro tinha como companhia o general Braga Netto e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.
Essa foi a terceira agenda pública do presidente desde o resultado das urnas. Em nenhum ele discursou.
Bolsonaro tem erisipela
O vereador Carlos Bolsonaro usou seu canal no Telegram no último fim de semana para divulgar uma imagem da perna de seu pai, Jair Bolsonaro, que sofre de erisipela. Na foto é possível ver uma ferida.
"A erisipela desenvolvida na perna do meu pai. Foto tirada de poucos dias atrás. Fui informado que nesta fase já estava em processo de recuperação e tudo corre muito bem", afirmou Carlos.
A erisipela é uma infecção cutânea. Ela pode ser também infecciosa. Esse pode ser um dos motivos para o fato de Bolsonaro ter sido visto poucas vezes no Palácio do Planalto após perder as últimas eleições.
Eleições
Lula foi eleito presidente da República no dia 30 de outubro ao derrotar, em segundo turno, o atual presidente Bolsonaro. Em janeiro, Lula assumirá a Presidência pela terceira vez, algo inédito desde a redemocratização.
Com 100% das urnas apuradas, Lula recebeu 60.345.999 milhões de votos (50,90% dos válidos), e Bolsonaro, 58.206.354 milhões de votos (49,10%). Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
discurso após a derrota
Em discurso para a imprensa cerca de 36 horas após o resultado das eleições, Bolsonaro não reconheceu expressamente nem questionou a o resultado da eleição. Ele falou por menos de três minutos.
"Quero começar agradecendo os 58 milhões de votos que recebi. Os movimentos são frutos de indignação e de um sentimento de injustiça. Manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas", disse.
Depois, Bolsonaro sumiu do Palácio do Planalto e também das redes sociais. Ele voltou a aparecer on-line no último domingo (4), quando postou uma foto com sua filha caçula, Laura Bolsonaro.
Pedido para anular votos
O Partido Liberal (PL), presidido por Valdemar Costa Neto, chegou a pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a anulação de votos em alguns modelos das urnas eletrônicas. A alegação é que os modelos dos equipamentos UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 apresentaram desconformidades irreparáveis de mau funcionamento.
Curiosamente, o pedido era para anular os votos apenas no segundo turno. O primeiro turno, quando as urnas ajudaram a eleger um grande número de deputados e governadores para o partido, não entrou no pedido. A solicitação foi negada horas depois, e o partido multado pelo TSE.
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