Política

Câmara vota pedido de impeachment de Crivella na quinta

Pedido será votado nesta quinta-feira, na Câmara. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A votação pela abertura do processo de impeachment contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), deve ser votado na tarde desta quinta-feira (3), a partir das 16h. O pedido, apresentado pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), foi acolhido pelo presidente da Câmara, vereador Jorge Felippe (DEM), nesta terça-feira (1º).

De acordo com a Câmara, a manifestação pelo acolhimento será publicada no Diário da Câmara do Rio nesta quarta-feira (2). Para votação é necessária a presença de, no mínimo, 26 parlamentares. Para aprovação, é preciso quórum de maioria simples dos presentes na sessão (metade mais um).

O PSOL entrou com o pedido, por meio da deputada e pré-candidata a prefeitura do Rio, Renata Souza, e do vereador Tarcísio Motta. Para o partido, a denúncia da existência de grupos denominados "Guardiões de Crivella", revelado pela Rede Globo, nesta segunda-feira (31), configura flagrante inobservância dos princípios da probidade administrativa, em especial da honestidade, imparcialidade e legalidade, além de possível crime de responsabilidade.

"Organizar funcionários, detentores de cargos de confiança, como se fosse uma milícia, para intimidar jornalistas e cidadãos que querem falar são práticas que apontam fortes indícios de improbidade administrativa e conduta incompatível com o cargo. Um retrato dessa administração desastrosa, corrupta e antidemocrática", afirmou.

Líder da bancada do partido na Câmara Municipal, Tarcísio Motta afirma que a resposta imediata da legenda responde ao episódio com a contundência necessária à seriedade das denúncias veiculadas.

"O fato é gravíssimo, envolve o uso de dinheiro público para fins escusos, impede o livre exercício de imprensa, e silencia as queixas legítimas da população em um momento de grave crise sanitária. Não podemos aceitar que, mais uma vez, o prefeito use a máquina pública para gerir interesses particulares, esconder a verdade e ludibriar as pessoas. O partido apresenta uma medida à altura da gravidade dos elementos apresentados, que precisam de apuração imediata e transparente por parte desta Casa Legislativa", diz o vereador.

Posicionamento

Em nota, a Prefeitura do Rio lamentou o interesse da TV Globo em fazer manipulação da notícia na porta dos hospitais. O órgão informou ainda que "repudia a chantagem que a emissora tenta fazer para que receba dinheiro de publicidade e lamenta que o Ministério Público tenha recebido essa denúncia". A diz também que "nenhuma pressão a fará destinar dinheiro de publicidade à TV Globo e reafirma seu propósito de continuar trabalhando em benefício da população".

"A Globo dizia, de maneira irresponsável e criminosa, no fim de 2019, que o Hospital Albert Schweitzer estava fechado, quando, na verdade, continuava aberto e funcionando plenamente. Por isso, funcionários da Prefeitura ficaram nas portas dos hospitais para esclarecer a população e rebater mentiras que são repetidas no noticiário da emissora. Essas mentiras colocaram a saúde das pessoas em risco, porque muitas poderiam deixar de procurar a unidade por acreditar nas notícias falsas divulgadas pela emissora", diz a nota.

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