Eleições

Cláudio Castro e Eduardo Cunha visitam templo religioso em São Gonçalo

Governador busca fortalecer alianças para as eleições

Encontro teve participação de Eduardo Cunha e do deputado estadual Jalmir Júnior.
Encontro teve participação de Eduardo Cunha e do deputado estadual Jalmir Júnior. |  Foto: Divulgação
 

De olho no eleitor evangélico, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), visitou na manhã desta sexta-feira (11) um templo religioso, no bairro do Rocha, em São Gonçalo. 

O governador, pre-candidato à reeleição, desembarcou de helicóptero no Batalhão de São Gonçalo (7º BPM). O evento ainda contou com a presença do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha e da filha Danielle, que Cunha pretende lançar como deputada federal. O encontro também contou com o deputado estadual Jalmir Júnior (PRTB) e líderes religiosos.

São Gonçalo, segundo maior colégio eleitoral do estado, também é reduto do presidente do PL no estado, Altineu Côrtes, e possui na liderança municipal o prefeito Capitão Nelson (PL). Com um dos maiores polos evangélicos do Rio, o governador Cláudio Castro busca no município reforço nas alianças.

Outros nomes também já declaram apoio ao governador, entre eles Marco Antônio Cabral (MDB), filho do ex-governador Sergio Cabral, preso acusado de vários crimes envolvendo corrupção no estado. A deputada federal Clarissa Garotinho (PROS), fiha do ex-governador Anthony Garotinho, também fechou com Castro, assim como Leonardo Picciani (MDB), filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) Jorge Picciani.

Eduardo Cunha

A presença de ex-presidente da Câmara dos Deputados pode significar uma retomada de Cunha na política brasileira. Por seu envolvimento em crimes investigados na operação Lava Jato, ele foi preso preventivamente em 2016. Em março de 2020, conseguiu liberação para prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. O benefício foi concedido em razão da pandemia da Covid-19.

Na quarta-feira (9), a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu, por unanimidade, negar um pedido para que um processo da Lava Jato contra Eduardo Cunha fosse remetido para a Justiça Eleitoral.

O caso envolve o pagamento de propina de até US$ 5 milhões provenientes de contratos da Petrobras para a construção de navios-sonda. Nesse processo, o ex-deputado foi condenado, em primeira instância, a 15 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Na segunda instância, a defesa de Cunha alegou que o caso está relacionado a delitos eleitorais, tendo os recursos usados em campanhas. Os advogados do ex-deputado argumentaram que o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu, em outros casos, que a Justiça Federal é incompetente para julgar casos relacionados a delitos eleitorais, e que o processo deveria ser remetido à Justiça Eleitoral, o que anularia a condenação.

A Oitava Turma rejeitou o argumento. O relator do caso no TRF4, desembargador João Pedro Gebran Neto, considerou que 'na hipótese em exame, não obstante os argumentos da defesa, não se observa dos fatos narrados na peça acusatória e nos elementos probatórios que a embasam, a descrição da ocorrência de delito eleitoral'.

Em setembro do ano passado, a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) enviou à Justiça Eleitoral um outro caso, em que Cunha já havia sido condenado pela segunda instância a mais de 14 anos de prisão, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Na prática, a decisão anulou a condenação. 

Um outro caso em que Cunha foi acusado de receber propina desviada da obra da Arena das Dunas, sede da Copa de 2014 em Natal, também foi remetido da Justiça Federal para a Eleitoral, dessa vez pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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