O debate envolvendo os candidatos ao Governo do Estado Cláudio Castro (PL), Marcelo Freixo (PSB), Paulo Ganime (NOVO) e Rodrigo Neves (PDT), realizado na noite desta terça-feira (27) pela TV Globo, teve como um dos principais pontos as denúncias de corrupção sobre o atual governo.
Os três concorrentes de Castro citaram episódios como uma suposta propina relacionada à Fundação Leão XIII, aos contratos do CEPERJ e uma possibilidade de ter um novo governador preso, lembrando exemplos como Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão. Quem mais citou os casos foi Marcelo Freixo (PSB), segundo colocado em pesquisas eleitorais.
"Isso não é bom para o Rio de Janeiro. Vamos viver a eleição mais importante da nossa história. De um lado está a continuidade, que tem cinco governadores presos. Não precisa ser assim. Esse governo corrupto tem consequências para a sua vida. Temos que governar com trabalho e honestidade. Não podemos permitir que o Rio continue com governador preso", discursou.
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Castro, candidato à reeleição, se defendeu das alegações ressaltando que não foi condenado a nenhum processo relacionado à corrupção.
"Estou processando todos os delatores para que apresentem provas. Eu sequer sou réu em nada. Não há denúncia contra mim. A pessoa tem que provar. Eu sou responsável pelo o que eu nomeio e o que eu coloco. O que a outra pessoa fez é responsabilidade dela", comunicou.
A atual administração aproveitou as suas falas para citar projetos econômicos realizados durante o governo, como a privatização da Cedae, além de propostas para saúde e educação. Tais propostas foram contestadas principalmente pelo ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), que alega que a campanha eleitoral de Castro seria uma "Ilha da Fantasia". O pedetista citou o Hospital da Mãe e o Piscinão, ambos em São Gonçalo, e o Caio Martins, em Niterói, como áreas que não foram aproveitadas pelo estado.
"Nós ouvimos você falar e parece que estamos vivendo em Marte. Em uma ilha da fantasia. Os preços não param de subir e as pessoas estão passando fome. O seu governo nada fez para gerar emprego e renda para a população", indagou.
Segurança Pública
Assim como o debate realizado no dia 17 de setembro no SBT, o tema segurança pública foi discutido com veemência pelos candidatos. Questionado por Paulo Ganime, Freixo afirmou que o Rio terá operações policiais durante o seu governo. Durante o quarto e último bloco do debate, o candidato do PSB teve a primeira oportunidade de contestar Castro sobre o combate ao tráfico e à milícia. Até o momento, o atual governador evitava perguntas diretas ao adversário.
O pessebista voltou a abordar a prisão do delegado Allan Turnowski, ex-chefe da Polícia Civil, acusado de envolvimento com uma quadrilha do jogo do bicho. A partir da citação, Freixo e Castro trocaram farpas sobre condenações relacionadas às campanhas eleitorais.
Debate
Os candidatos Cláudio Castro (PL), Marcelo Freixo (PSB), Paulo Ganime (NOVO) e Rodrigo Neves (PDT) usaram o primeiro e o terceiro bloco para discutir temas livres, que os próprios sugeriram um para o outro. Os políticos também foram questionados em relação a temas determinados como corrupção, desemprego, recuperação fiscal, meio ambiente, tráfico e milícias, educação, trabalho para jovens e presídios.
Ao todo, foram quatro blocos comandados pela jornalista Ana Paula Araújo da TV Globo. A emissora justificou que seguiu a Lei Eleitoral de convidar apenas os candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional, de no mínimo, cinco parlamentares, e sem impedimento na Justiça, seja eleitoral ou comum.
O debate desta terça-feira (27) foi o último entre os candidatos ao Governo do Rio antes das eleições do próximo domingo (2). De acordo com a última pesquisa IPEC, divulgada hoje, Castro tem 38% das intenções de voto contra 25% de Freixo. Neves aparece na terceira colocação com 7% e Ganime na quinta com 2%.
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