Política

Deputado da Região dos Lagos nomeia militar acusado de extorsão

Dr Serginho foi eleito deputado estadual com 26,9 mil votos. Foto: Redes Sociais/Reprodução

O cabo Cristiano Gonçalves Rosa, que responde judicialmente por crime de extorsão, está batendo ponto no gabinete do deputado Dr. Serginho (PSL) — representante da Região dos Lagos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A nomeação do militar investigado veio a público no último domingo (5).

Na ação penal que tramita na Vara de Arraial do Cabo o policial é acusado de extorsão mediante sequestro e receptação. A denúncia movida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) se estende também ao militar Bruno Demke, funcionário da equipe de segurança da Alerj.

Segundo as informações publicadas pelo jornal Extra, os militares foram presos administrativamente após flagrante em Araruama em 2013. Na época, eram lotados no Batalhão de Operações Especiais (Bope). Os policiais teriam sequestrado e extorquido o chefe do tráfico de comunidades de Arraial.

Após um ano de prisão, tanto Demke quando Cristiano foram expulsos da Polícia Militar, mas conseguiram suspender a demissão na Justiça por liminar em 2015. A ação que reintegra os policiais na corporação foi suspensa até que o processo por extorsão seja julgado.

O deputado estadual Sérgio Luiz Costa Azevedo Filho, o 'Dr. Serginho', admitiu Cristiano em seu gabinete em fevereiro. Em março, o policial foi nomeado para função gratificada na Superintendência Militar da Alerj.

Dr. Serginho tem base eleitoral em Cabo Frio, onde atuou como procurador-geral. Foi eleito em 2016 com cerca de 26 mil votos, impulsionado pela onda conservadora. Procurado para detalhar as funções de Cristiano no gabinete e os motivos que levaram a nomeação de um militar investigado, o deputado ainda não se posicionou.

Bruno Demke, por sua vez, foi nomeado para Coordenadoria Institucional de Segurança em fevereiro, após a posse de seu pai, o deputado estadual subtenente Bernardo, líder da bancada do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) no parlamento.

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