O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contestou, nesta sexta-feira (18), as alegações da defesa feitas por Mauro Cid, segundo as quais o assistente de ordens teria vendido joias seguindo instruções do ex-capitão e posteriormente repassado os fundos para ele.
Em suas palavras, Bolsonaro afirmou ao jornal “O Estado de São Paulo”: "Eu não recebi nada". Questionado sobre sua suposta participação como mandante na transação das joias, ele optou por comentar que Cid “tinha autonomia” e enfatizou que não havia repassado nenhuma instrução para "ninguém vender nada”.
No que diz respeito às declarações feitas por Walter Delgatti na CPMI de 8 de janeiro, Bolsonaro relatou que recebeu o hacker com o auxílio da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), alegando que o objetivo era obter “a certeza de que o sistema [eleitoral] era seguro”.
Quando questionado sobre a possibilidade de um confronto de versões com o depoente, Bolsonaro apresentou desconforto. "Pra que fazer uma acareação? Ali foi mostrada a vida pregressa dele, um estelionatário contumaz. Acareação tem que ser em pontos sensíveis”,, prosseguiu. “Mas, se precisar fazer, a gente faz, né?”, completou.
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