No lugar de um presidente da República no final de mandato, que comumente passa a faixa presidencial para o outro que irá começar seu governo, um grupo de pessoas associadas com diferentes segmentos da sociedade irá cumprir este papel e passar de um a um a faixa até chegar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ideia promovida é transformar esse ato, que não é disciplinado em lei, porém, é muito simbólico em cada mudança do governo, como um ato político pela pacificação. Diante da recusa do ainda presidente Jair Bolsonaro (PL) de passar a faixa para seu sucessor, o papel que seria dele passa a ser de vários brasileiros, que formaram um cordão humano.
O ministro e outros dirigentes do governo confirmaram que haverá um representante da agro, setor que concorda fortemente com o governo Jair Bolsonaro; outro de um movimento de catadores de materiais recicláveis, com quem Lula fica próximo e sempre frequenta as tradicionais reuniões de final de ano; a soma das identidades formadas por homens, mulheres, brancos e negros.
A organização da posse está sob o comando da futura primeira-dama Rosângela Lula, a Janja, que mantém alguns detalhes em segredo. A princípio, foi avaliado uma possibilidade de que no lugar de Bolsonaro, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, ou o presidente da Câmara, Arthur Lira, fizessem a passagem da faixa. Porém, o alcance imaginado na hora da passagem, como algo mais plural do governo, venceu a ideia inicial.
A expectativa é que mais 300 mil pessoas estejam na Esplanada dos Ministérios, no domingo, o local passa por um forte esquema de segurança. Lula ainda afirmou para os aliados que não deseja usar um colete a prova de balas, porque brinca dizendo que o terno “está muito bem feito”, “sob medida” e por isso não caberia um colete.
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