Política

Lula promete ir a Maricá conhecer Moeda Social Mumbuca

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A conversa faz parte do primeiro encontro de série de entrevistas organizada pela prefeitura, em comemoração aos 207 anos de emancipação político-administrativa. Foto: Reprodução

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - que já revelou estar disponível para disputar às Eleições 2022, disse na noite desta quarta-feira (26), em bate-papo virtual, que Maricá é "um símbolo de que a gente pode provar que o Brasil pode dar certo".

A conversa é feita com o colega de partido e prefeito de Maricá Fabiano Horta, no primeiro encontro de série de entrevistas organizada pela prefeitura, em comemoração aos 207 anos de emancipação político-administrativa.

Foi citado que o Programa Renda Básica de Cidadania (RBC) emerge como um dado de sucesso, sendo apontada em pesquisa internacional a mais eficiente, justa e duradoura iniciativa de transferência de renda em todo o mundo.

Criado em 2014 e ampliado em 2019, o RBC transfere o equivalente a R$ 300 em uma moeda social local, a Mumbuca, a 42.500 beneficiários, todos moradores da cidade.

Inclusive, Lula questionou ao Fabiano o que seria o referido Programa de Moeda Social.

"A Mumbuca é a nossa moeda. A partir do aporte mensal vimos um processo de transferência de renda, importante, para um país desigual como o Brasil. Os pequenos negócios informais, fundos de quintais, garagens com atividades comerciais se transformaram e cresceram, dinamizando a economia. Fez o dinheiro circular na mão do povo. A riqueza circular. Ao longo desse período, até 2019, ela aglutinou a política da Renda Básica de Cidadania e a gente viu que a cidade incorporou a Mumbuca nas suas atividades cotidianas", respondeu Fabiano a Lula.

Em uma conversa descontraída, Lula brincou que vai até Maricá conhecer de perto a Mumbuca. "Eu ainda vou em Maricá para ver com meus olhos essa moeda extraordinária que vocês criaram", disse.

Intitulado "A Redução das Desigualdades Sociais" o debate gira em torno de ações e soluções para a redução das desigualdades que transformaram o município de 180 mil habitantes no Leste Fluminense em uma referência internacional.

Lula atua como um repórter e articula perguntas ao gestor de Maricá sobre ações já adotadas no município.

Segundo o prefeito Fabiano, graças ao RBC e a outras iniciativas de proteção ao ambiente social e econômico, Maricá vem conseguindo atravessar a pandemia como um ponto fora da curva da crise.

O debate, em questão, serve para mostrar a viabilidade de um modelo capaz de transformar toda a cadeia econômica da cidade, onde hoje há mais máquinas de débito associadas à Mumbuca – 10 mil – que máquinas comuns – cerca de 3 mil aproximadamente. 

A conversa também destaca a importância de ações complementares adotadas em Maricá e que trouxeram resultados favoráveis. É o caso do Programa de Amparo ao Trabalhador (PAT), através do qual 23.500 pessoas, entre trabalhadores informais, autônomos, MEIs e profissionais liberais recebem R$ 1.045 por mês desde o início da pandemia.

Outro pilar de estabilidade pautado foi o Programa de Amparo ao Emprego (PAE), através do qual a Prefeitura paga R$ 1.045 para cada funcionário de empresas da cidade cadastradas no programa. Em troca, a empresa se compromete a manter as vagas e não fechar. Através do PAE, 224 empresas se inscreveram, assegurando 1.183 empregos.

O resultado expressivo faz do primeiro debate do ciclo dos 207 anos uma oportunidade de compartilhamento de uma experiência social que levou o município a fechar 2020 com 7% em criação de empregos formais segundo o Cadastro Geral do Emprego (Caged), do Ministério do Trabalho.

A live começou por volta de 18h20 e é transmitida nas redes sociais.

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