Política

Políticas para mulheres são debatidas na Câmara de SG

Mulheres discutem política para o gênero na Câmara de São Gonçalo. Foto: Divulgação

A Câmara de Vereadores de São Gonçalo promoveu uma sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, na noite de segunda-feira (9). O evento contou com a participação de profissionais femininas que atuam na cidade e trabalham para que as mulheres tenham seus direitos respeitados. Elas compartilharam suas histórias de sucesso e empoderamento dentro de sua áreas.

A titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de São Gonçalo (Deam), delegada Débora Rodrigues, enfatizou que São Gonçalo tem um dos maiores movimentos de mulheres do estado. Ela lembrou também que o Feminicídio está ganhando uma notoriedade.

“Apesar de parecer estranho, essa notoriedade é um ponto positivo. Ela faz com que a sociedade passe a enxergar o problema e cobrar soluções. E antes isso não acontecia porque as mortes de mulheres era tratada como um crime comum, às vezes até como acidente. Apenas em 2015 foi que passou existir esse olhar de gênero para os crimes contra a mulher. Então de lá para cá, nossas mortes estão sendo notadas e noticiadas", enfatizou a delegada.

Durante a sessão, o vereador Claudio Rocha (PSDB) apresentou 45 projetos de leis voltados para as mulheres. O parlamentar destacou a importância da criação e apresentação destes projetos voltados para o público feminino.

“Cresci em São Gonçalo, convivendo e sendo testemunha da luta sofrida das mulheres, muitas vezes vítimas do machismo e da exclusão social. Sendo assim, eu não poderia aqui dentro desta Casa, exercendo o poder que o povo me concedeu deixar de olhar para as mulheres. Por isso, escolhemos esse dia que marca apenas o dia da luta feminina pelos seus direitos, para apresentar esses projetos que já estão em tramitação”, destacou o parlamentar.

A fundadora e gestora de projetos do Movimento de Mulheres de São Gonçalo, Marisa Chaves, pediu ao vereador que cobrasse do Executivo algumas respostas sobre o Centro de Atenção de Mulheres ter sido fechado e o porquê de a Casa Abrigo ainda não ter sido inaugurada.

“Essas ações voltadas para as mulheres foram deixadas para trás na gestão passada e até agora não foram retomadas, infelizmente. Estamos aqui para ajudar as mulheres. Digo que não podemos ser concorrentes e sim solidárias umas com as outras. Oito de março é somente para lembrar da luta, porque o dia da mulher são os 365 dias. Nós temos o poder de transformar”, afirmou.

A técnica de enfermagem Denise Cristina Rodrigues contou sua história de vida e superação. Ela abandonou sua vida profissional para cuidar da sua enteada, a qual chama de filha e que possui necessidades especiais.

“Eu não tive filho, mas Deus sabia o motivo. Ele estava me preparando para ser mãe dessa pequena. Ela é meu motivo de acordar todas as manhãs e não querer desistir. Por ela, eu vou à luta, cobro a quem preciso cobrar para que os direitos dela possam ser respeitados”, destacou.

Paula Dias da ONG Afro Tribo e a fisioculturista Claudia Brito também fizeram parte da mesa. Ao final da sessão solene foi feita a leitura do diploma “Mulherão” que todas as presentes receberam.

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