Política

Sérgio Moro se filia ao Podemos e entra na briga para 2022

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Ex-juiz se filiou ao Podemos de olho nas eleições de 2022. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / EBC

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça do governo, Sérgio Moro, teve sua filiação confirmada nesta segunda-feira (1º), pelo Podemos e poderá concorrer à Presidência da República em 2022.

A oficialização do novo candidato ao Palácio do Planalto pelo partido deve acontecer no próximo dia 10, em Brasília.

“Estamos extremamente honrados e felizes com o ingresso de Sergio Moro ao nosso Podemos. Muito nos orgulha tê-lo nas fileiras do partido, por tudo o que ele representa e já fez pelo país. Trata-se de uma pessoa singular, íntegra e muito capacitada”

Renata Abreu, presidente nacional do Podemos

A legenda não escondeu que pretende lançar o ex-juiz à presidência, mas afirma que Moro ainda vai decidir sobre a disputa. O ex-ministro deve percorrer o Brasil, em pré-campanha não oficial, para divulgar seu livro "Contra o sistema de corrupção", publicação que deve chegar às livrarias no mês de dezembro.

Como lema da parceria, a legenda escolheu "Juntos, podemos construir um Brasil justo para todos". O nome do agora filiado já vinha sendo ventilado para concorrer pela chamada terceira via, grupo que pretende ser oposição à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula.

Trajetória

Sergio Fernando Moro ganhou notoriedade após se tornar o juiz que autou em julgamentos de processos envolvendo a Lava Jato, operação de combate à corrupção do Brasil. Além de ter sido o responsável pelas condenações envolvendo o ex-presidente Lula.

Após 22 anos de magistratura, Sérgio Moro deixou o judiciário para ser ministro de Bolsonaro. A principal aposta dele era o pacote anticrime, enviado ao Congresso e de tramitação conturbada. Dentre as 53 propostas do ex-ministro, foram rejeitados 28 itens.

Em abril de 2020, o ex-juiz pediu demissão do cargo de ministro da Justiça, após ser informado pelo presidente sobre a troca no comando da Polícia Federal do Rio. Em seu pronunciamento, à época, Moro justificou a saída ao dizer que 'não poderia aceitar a substituição', acusando Bolsonaro de interferência presidencial na hierarquia do ministério comandado pelo ex-juiz.

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