Polícia

Formandos de Niterói sofrem golpe milionário

Caso será investigado pela Delegacia da Barra da Tijuca. Foto da leitora Bruna Barbosa

Um golpe em mais de meio milhão de reais, esse foi valor médio lesado de dezenas de formandos de Niterói que tiveram seus sonhos destruídos na noite deste sábado (20) ao chegarem no local, onde seria realizada a festa de formatura paga pelos formandos, e se depararam com o espaço completamente vazio e fechado, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Na entrada, apenas um informativo com os dizeres do espaço lamentando o ocorrido por não terem recebido qualquer valor de reserva da empresa responsável pela organização do evento. Pelo menos oito diferentes comissões universitárias acusam a empresa ‘Aloha Formandos’ de ter aplicado o golpe milionário. 

Segundo a psicóloga Bruna Barbosa, que estava à frente de uma das comissões, até as 19h desta sábado ainda mantinha contato com funcionários da empresa, que o tempo todo informavam que tudo seguia dentro dos padrões normais de organização, mas a surpresa só veio quando os primeiros convidados começaram a chegar no espaço de eventos Ribalta, fechado e sem qualquer ornamentação para realização do evento. 

“Foram oito diferentes comissões, cada uma com média de 15 a 21 formandos de diferentes cursos. É o que eles chamam de formatura unificada. Quase duas mil pessoas estavam convidadas para o evento!”, lamenta a psicóloga, que acrescenta ainda com tristeza o prejuízo sofrido pelas vítimas. 

“Foram anos pagando por esse sonho! Eu depositei tudo neste momento. Não tive festa de 15 anos e nem de casamento, essa era a festa da minha vida! Passei a noite em claro chorando” 

Ainda de acordo com ela, cada formando pagou em média R$ 3.500 além de uma cota extra de R$250, sem contar que para cada convite disponibilizado, além dos dez garantidos por formando, foi necessário pagar a quantia extra de R$ 190 por convidado. 

De acordo com Bruna, ela e outros representantes buscaram contato com a empresa, mas ainda não obtiveram qualquer resposta. 

Pelas redes sociais, não apenas formandos de Niterói manifestaram revolta contra a empresa, mas também de outras cidades como do Rio e Macaé, onde vítimas chegaram a gravar um vídeo direto do espaço, também não preparado para a realização do evento, previsto para acontecer no mesmo dia. 

O caso foi registrado nas delegacias da Barra da Tijuca (16 DP) e Recreio dos Bandeirantes (42 DP). 

Aloha 

Em seu perfil pelas redes sociais, Rodrigo Lopes Marques se autodeclara responsável pela empresa ‘Aloha Formandos’, com escritório na Avenida Rio Branco 181, sala 3303, no Centro do Rio. O rapaz aparece ainda como responsável por pelo menos mais três empresas com diferentes CNPJs no ramo do entretenimento. O site da empresa não aparece mais disponível para acesso.

Em áudio divulgado pelos formandos de Niterói, uma funcionária informou neste domingo não saber o que aconteceu e que os funcionários estão preocupados inclusive com seus respectivos empregos, pois também não receberam qualquer informação dos responsáveis. 

A empresa já teria realizado outros eventos anteriores e em sites relacionados a reclamações de consumidores, a Aloha é bastante questionada por problemas no atendimento e descumprimento de contratos. 

Segundo a gerente da empresa, que preferiu não ter o nome divulgado, ela também se declarou ‘completamente perdida’ e disse que sabia apenas que o caminhão com os móveis para a festa não chegaria no Ribalta, mas não disse o motivo. Questionada sobre os motivos que levaram a falta de prestação de esclarecimentos para formandos sobre o cancelamento do evento, a gerente informou apenas que não sabia, apesar de ocupar um cargo de gestão na empresa.

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