As obras previstas pela Prefeitura de Niterói nas áreas de saúde, educação e urbanismo devem gerar cerca de 4.879 empregos na cidade até 2024 — sendo 1.958 diretos e 2.921 indiretos. O plano é chamado 'Niterói 450 anos'.
As intervenções foram reveladas na manhã desta quarta-feira (2), pelo prefeito Axel Grael (PDT) durante transmissão ao vivo nas redes sociais. O investimento será de R$ 256,2 milhões para a execução dos serviços.
No Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, no Fonseca, serão alocados R$ 7 milhões para reforma geral, adequação da área para internação pediátrica, melhorias na estrutura, equipamentos e mobiliários.
A unidade também vai iniciar, nos próximos 18 meses, cirurgias cardíacas em crianças, afirmou o secretário de Saúde, Rodrigo Oliveira.
"Já está avançada a negociação com a secretaria de estado de Saúde e Ministério da Saúde. Nos próximos 18 meses vamos iniciar cirurgia cardíaca em criança, sendo referência em todo o estado", celebrou.
Investimento
A cada R$ 1 milhão investido na construção civil representa 7,64 empregos diretos e 11,4 empregos indiretos criados, informa o governo de Niterói, baseado nos parâmetros da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Do valor investido no setor, R$ 1,54 retorna para o PIB, diz o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Com isso há um valor presumível, na ordem de R$ 394,6 milhões, ao PIB 2022/2024.
"Vamos investir R$ 256 milhões em obras e gerar retorno para a economia da cidade da ordem de quase R$ 400 milhões", disse o prefeito Axel Grael (PDT). A alíquota média de ISS sobre esses serviços é de 2%.
"Gastar bem não é gastar menos. É gastar no lugar certo, gerando resultado de ampliação, democracia e direito e qualidade de vida para o povo. Esse dinheiro que a gente gere é do povo e precisa ser bem aplicado", contou o secretário de Saúde.
Na projeção da Prefeitura de Niterói, em 2022, cerca de 52% das obras devem ter andado. Já em 2023 restarão em torno de 33%. Já no final do primeiro mandato da administração Grael, em 2024, devem sobrar apenas 15%.
O total de intervenções na área da saúde chega a 68, sendo Atenção Hospitalar (9), Policlínicas e Laboratórios (10), Atenção Básica - PMF e UBS (30), Rede de Atenção Psicossocial (18), Laboratório (1).
Reforço
As unidades de saúde de Niterói também vão ganhar mais de 300 profissionais, de diferentes especialidades, nos próximos dias. Eles foram aprovados no último concurso público.
"A gente tem clareza que uma unidade de saúde sem trabalhador, sem gente para cuidar de gente, é só um prédio. Junto com isso, estamos dando posse a 370 servidores efetivos da Fundação Municipal de Saúde. É o início do processo", diz Rodrigo.
Segundo a Prefeitura de Niterói, o objetivo do 'Plano Niterói - 450 anos' é unir a cidade em torno de um mesmo projeto: retomada econômica, sustentabilidade, solidariedade, justiça social. A primeira etapa tem três eixos: Saúde, Educação e um plano de recuperação da região central da cidade, chamado de Centro 450.
Na área da educação, haverá ampliação da rede, modernização e inovação, construção de novas unidades escolares e reforma de escolas, ampliação do poupança escola e enfrentamento ao abandono das unidades. Os detalhes devem ser divulgados em breve pelo secretário da pasta, Vinícius Wu.
Em relação ao Centro 450, a promessa é de transformação da região central da cidade, com integração, sustentabilidade e modernização; além de um projeto inovador para transformar a urbanização, valorizar o patrimônio, a cultura e respeitar o meio ambiente e valorizar a ocupação territorial, do patrimônio natural e arquitetônico. Nas próximas semanas, o secretário de Urbanismo, Renato Barandier, vai pontuar os processos das obras.
No ano de 2021, segundo a Prefeitura de Niterói, foram adquiridos cerca de R$ 5 milhões em equipamentos para a rede hospitalar e R$ 3 milhões para a rede de atenção básica e policlínicas. Grande parte será entregue ainda em 2022.
Para este ano, serão adquiridos R$ 17 mihões em equipamentos para a rede hospitalar, rede de urgência e emergência e rede de atenção psicossocial.
"Já temos recursos garantidos, não é promessa, para mais R$ 17 milhões. Isso de gastar bem é interessante porque isso que economizamos vai permitir comprar um equipamento de hemodinâmica, para colocar em 2023 no Hospital Oceânico para cateterismo e cirurgia cardíaca", revela Rodrigo Oliveira.
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