Investigação

Polícia apura causa da morte de idoso levado morto a banco

Testemunhas dizem que ele tinha machucados em uma das mãos

Somente os caixas eletrônicos do banco estavam funcionando na manhã desta quarta
Somente os caixas eletrônicos do banco estavam funcionando na manhã desta quarta |  Foto: Lucas Alvarenga

Testemunhas que viram Érika de Souza Vieira entrar na agência bancária com o cadáver afirmaram que em uma das mãos do idoso haviam machucados. A Polícia Civil investiga se a morte da vítima foi por causas naturais ou violentas.

Segundo comerciantes próximos à agência, a mulher andou tranquilamente pelo calçadão com o cadáver.

“Ele parecia vivo! Estava com a cabeça tombada, mas parecia vivo. Tinha umas marcas de machucado em um dos pulsos dele”, detalhou um lojista que preferiu não se identificar.

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Na manhã desta quarta-feira (17), somente os caixas eletrônicos da agência estavam funcionando. Clientes que tentaram atendimento, foram informados por um segurança que a entrada não estava autorizada.

TRANSFERIDA PARA PRESÍDIO 

Érika de Souza Vieira Nunes foi transferida para um presídio de Benfica, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta quarta-feira (17). Ela foi autuada em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. A pena pode chegar a mais de 10 anos de prisão.

A ''peça-chave'' da investigação pode ser o motorista de aplicativo em que a suspeita chamou para ir até a agência, ainda conforme a polícia.

Relembre o caso

Uma mulher, identificada como Érika de Souza Vieira Nunes, foi levada à delegacia, nesta terça-feira (16), após tentar realizar um empréstimo de R$ 17 mil, utilizando o cadáver de um idoso em uma cadeira de rodas. O caso aconteceu em uma agência bancária em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

De acordo com as investigações, a mulher levou o corpo de um homem de 68 anos, identificado como Paulo Roberto Braga, a quem afirmava ser seu tio, para o banco.

Sobrinha ou prima?

Segundo o delegado Fábio Luiz, Érika de Souza Vieira Nunes era prima da vítima, os investigadores tentam descobrir se ela ocupava o cargo de cuidadora do idoso.

“Ela alega sobrinha, fala que a avó da mãe registrou a mãe como filha. Mas pelos documentos ela sai como prima, então ela tem parentesco de fato”, afirma.

A versão é contestada pela defesa de Érika. De acordo com a advogada Ana Carla de Souza, há provas de que a acusada é sobrinha da vítima, e de que ela entrou viva no banco.

“Temos documentos que vão ser apresentados em juízo. É tio dela, temos como provar isso. Temos como provar que o senhor Paulo chegou na unidade bancária vivo”, defende.

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