Cidades

Eduardo Paes descarta Carnaval em julho

Prefeito fez postagem em sua conta oficial do Twitter. Foto: Plantão Enfoco

O atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), descartou a possibilidade da realização do Carnaval do Rio, previsto para acontecer em julho.

Os desfiles das escolas de samba do grupo especial, na Marquês de Sapucaí, estavam previstos para acontecerem nos dias 11 (domingo) e 12 (segunda) de julho. De acordo com o prefeito, "parece sem qualquer sentido imaginar a essa altura que teremos condições de realizar o carnaval em julho".

"Essa celebração exige uma grande preparação por parte dos órgãos públicos e das agremiações e instituições ligadas ao samba. Algo impossível de se fazer nesse momento. Dessa forma, gostaria de informar que não teremos carnaval no meio do ano em 2021. Certamente em 2022 poderemos(todos devidamente vacinados) celebrar a vida e nossa cultura com toda a intensidade que merecemos", declarou o prefeito em sua conta oficial do Twitter.

https://twitter.com/eduardopaes_/status/1352285824872837120

Em nota, a Liesa manifestou apoio e compreensão à referida decisão, tendo em vista o aumento geral dos casos de Covid-19 e o atual momento relacionado às incertezas quanto aos prazos de vacinação e imunização da população.

"Lembramos, por oportuno, que a realização dos desfiles do Grupo Especial, no mês de julho de 2021, sempre esteve condicionada à liberação das autoridades e também à segurança de todos os envolvidos no nosso espetáculo", diz a nota.

Após a decisão, a Associação de Blocos de Rua do Rio (Sebastiana), divulgou uma nota apoiando a decisão do Prefeito, e diz que "recebe com alívio e apoia a decisão do prefeito de cancelar definitivamente o carnaval de 2021, não considerando inclusive viabilidade na realização da festa em julho".

"A decisão do prefeito Eduardo Paes vem ao encontro do posicionamento da Sebastiana anunciado anteriormente, que reitera a não realização dos desfiles dos seus blocos em 2021. O retorno dos blocos às ruas só poderá se dar quando houver vacina e imunização de toda a população, condição essa que assegure a segurança de todos. Embora saibamos que há uma legião de trabalhadores da cadeia produtiva do carnaval que serão afetados com essa decisão, entendemos também que a cidade não tem condições de organizar e financiar a estrutura necessária para um evento do tamanho do carnaval, considerado uma verdadeira operação de guerra, diante de tantos desafios.

Outras prioridades se colocam no sentido de que se possa reerguer o Rio, principalmente no que toca a saúde e o trabalho. Para nós, o mais importante nesse momento é o cuidado com as pessoas, o controle da pandemia e o respeito à vida e ao luto das famílias. Além disso, iniciar conversas com as secretarias de cultura tanto da prefeitura quanto do estado para que sejam criados editais emergenciais de ajuda aos trabalhadores do carnaval", diz a nota.

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